Um Coaching Diferente

E de repente passaram estes anos todos… Não sabendo quantos mais tenho à minha frente, leva-me a refletir sobre a forma como estive na vida e como gostaria de continuar a estar.

E para começar resta-me apenas agradecer. Agradecer por tudo o que tive, pelas pessoas que conheci, pelas experiências que vivi.

Sim é verdade que o tempo passa a correr, mas aquilo em que convictamente acredito é que passa mais rápido quando estamos a fazer o que gostamos. E eu já fiz tantas coisas que gostei (e continuo a gostar...) desde olhar para o pôr do sol, tomar um banho de mar, brincar com as minhas filhas, aprender com os meus alunos, estar com a minha família, conversar com os meus coachees, brindar com os meus amigos, fazer acontecer com os meus colegas, sonhar com o meu marido…

E houve uma outra coisa que sempre adorei fazer, mas que apenas fui partilhando em círculos privados. Adoro escrever, adoro transformar as minhas emoções em palavras, brincar com o teclado, rebuscar a imaginação. E apesar de achar que as coisas que gostamos de fazer não devem ter horas marcadas, encaro o meu aniversário como um momento de convite à reflexão. E sem perceber bem por quê decidi que este é o momento em que vou partilhar os meus pensamentos com uma audiência mais alargada. E aqui estou eu à frente do teclado!

Talvez porque ontem tive o privilégio de me encontrar em Londres com um grupo de pessoas com quem tive a oportunidade de começar a explorar o que é o mundo do coaching. Digo explorar, porque para mim coaching não é algo que se aprende. Coaching é algo que se vive. Coaching representa uma forma de estar no mundo. Em que nos debatemos constantemente entre aquilo que acreditamos que gostávamos de ser, e aquilo que efetivamente conseguimos ser. Em que temos uma atitude perante a vida a que nos obrigamos a ser principiantes. Porque só sendo principiantes conseguimos perceber o processo pelo qual passam os nossos clientes, quando decidem desenvolver-se através de um processo de coaching.

Mudar não é fácil. Pelo contrário, mudar é extremamente difícil! É um processo doloroso, que só poderá ser bem-sucedido se existir um verdadeiro compromisso de quem decide embarcar nele. E também não é um processo feito de checklists e de fórmulas secretas para o sucesso.

Ter-me formado como Integral Development Coach na New Ventures West deu-me a possibilidade de explorar uma metodologia que olha para a pessoa como um ser humano completo, incluindo as relações que estabelece e o ambiente em que se insere. Esta metodologia é a que utilizo nas minhas relações de coaching e onde me tenho desenvolvido como Coach. Acredito convictamente no trabalho que fazemos, e em conversa com os meus colegas, apercebi-me que não existe material em português. Esse é o meu compromisso perante o Integral Development Coaching. Falar sobre ele em português.

Quanto ao compromisso perante mim, será fazê-lo de forma regular e não só fazê-lo em português, mas também em inglês. Vamos ver se consigo!

Anabela Possidonio