Dança Comigo!

Enquanto te observava a dançar no palco todo um cocktail de emoções se apoderava de mim. A tua beleza, leveza, entusiamo e sentimento, faziam-me perceber aquilo que muitas vezes tento transmitir àqueles que se cruzam comigo. Quando fazes o que gostas, tudo brilha à tua volta!

A energia que emana da felicidade tem o poder de envolver e contagiar. O poder de inspirar e emocionar.  O poder de nos fazer perceber que é possível surpreender e chegar mais além. O poder de nos tornar ainda maiores, quando os outros pensavam não ser possível.

E tudo se torna ainda mais bonito, quando no ato de criação, consegues coordenar-te e inspirar aqueles que contigo dançam!

E naquele momento em que te via, a emoção era tanta, que tive que crescer para conseguir ter espaço para o coração caber no meu peito. No misto das emoções percebi que, sem saber, muitas vezes te impedi de ensaiar. Quando te via cantar, dar uma pirueta ou fazer uma roda, em locais que achava menos apropriados, repreendia-te e impedia-te de te tornares ainda melhor.

Tudo isto me faz pensar que, muitas vezes isto é o que, sem querer, fazemos nas várias dimensões da nossa vida. Quando alguém tenta romper com as regras, tentamos reestabelecer a ‘ordem’ para que tudo fique de acordo com o que é esperado, e a normalidade seja restabelecida. E ao fazermos isso impedimos que a criatividade floresça e que a inovação aconteça.

Também aprendi que o grande desafio é conseguirmos apoiar o que não entendemos. Ter a capacidade de confiar que, quem está à nossa volta, quer que o melhor aconteça, E que da nossa parte apenas precisam que tenhamos a capacidade de suportar. Que tenhamos a capacidade de incentivar e, perante a dúvida, não hesitar.

Acreditar que a probabilidade de correr bem é muito maior do que a de correr mal. Porque quando as pessoas fazem o que gostam, tudo ganha um sentido e um propósito maior.

Quantas vezes se diz que, aquilo que ensinamos é o que mais precisamos de aprender. Contigo aprendi que a confiança tem um valor infinito, para nos tornarmos uma melhor versão de nós próprios. E que as pessoas têm capacidade de ir muito mais além, do que aquilo que temos capacidade de as ensinar. Nunca na vida dançarei como tu, nunca na vida cantarei como tu, nunca na vida brilharei como tu. E ainda bem!