Foi um prazer conhecer-te!
E de repente estávamos ali, e ambos sabíamos que poderia ser a última vez que estávamos juntos. Que as circunstâncias da vida apontavam para caminhos distintos e que isso faria com que dificilmente os mesmos se voltassem a cruzar.
E se isto pode ser verdade em relações de âmbito pessoal, não é menos verdade em contexto profissional ou social. Se nos sentarmos a pensar todas as pessoas que se cruzaram na nossa vida, e que fizeram connosco parte da viagem, e que de alguma forma já não estão lá, apercebemo-nos que são muitas. E também nos apercebemos que, algumas dessas pessoas, estiveram connosco por muito pouco tempo, mas disseram-nos algo que de alguma forma nos mudou para sempre. Nos fez olhar para o mundo de uma forma diferente.
E é por isso que é tão importante viver cada dia com intensidade e abertura. Saber apreciar o momento e agradecer o privilégio de estarmos vivos, torna-nos mais permeáveis a tirar o máximo das relações que estabelecemos. Sejam elas de minutos, dias ou anos. Saber apreciar o momento é saber que aquela situação não se irá repetir. É saber que aquela pessoa pode voltar a não estar lá para nós. É ter a capacidade de perceber que aquele momento é único.
Contudo, quantos de nós se ancoram no passado ou no futuro, em vez de terem a capacidade de simplesmente saborear o que está a acontecer aqui e agora? E nessa incapacidade de viver no presente, criamos mundos imaginários que nos causam elevados níveis de stress, e que muitas vezes acabam por nem acontecer. E no meio de todo o stress, prestamos pouca atenção às pessoas que se cruzam nas nossas vidas e perdemos o melhor delas.
E é por isso que, muitas vezes nos custa aceitar que àquela pessoa está reservado um caminho que já não se cruza com o nosso. Especialmente quado nos apercebemos que não tivemos a capacidade de retirar o máximo da relação. Que não soubemos valorizar o bem mais precioso que aquela pessoa nos oferecia, e que era o seu tempo. Quando esse momento chega, a sensação de perda invade-nos, ficamos tristes e o coração dói.
Mas não tem que ser assim. Cabe-nos a nós saber aproveitar todos os momentos que nos são oferecidos, agradecer a cada pessoa que se cruza no nosso caminho e retirar o máximo das nossas relações. E quando o momento de nos separar-nos chegar, ser capaz de praticar o desprendimento e conseguir dizer ‘foi um prazer conhecer-te!’.
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